Tabu Das Probabilidades

Assuntos paralelos ao cotidiano.


Existe algo que as algumas pessoas usam para fugir da realidade, dentre outras coisas. Ela altera a visão do mundo e a percepção da realidade. Altera o humor. Alguns viciam. Alguns fazem de tudo por ela. E mesmo usuários na miséria gastam seu escasso dinheiro com ela. Já vi gente abandonar a família por ela. Nunca vi, mas já até ouvi dizer que tem gente que vende os moveis da casa por isso. Seu nome é igreja.

Se eu tivesse colocado “o que é o que é” no começo do primeiro parágrafo daria uma bela piada. Talvez não tão engraçada assim porque nem todo mundo aprecia um humor negro.

Mas o fato é que todas essas características lançam nosso pensamento a uma outra coisa. Drogas. Minha intenção não é dizer que as igrejas são uma droga no sentido de desmerece-las, mas no sentido que remete às definições que apresentei anteriormente. Nem é minha intenção julgar as atitudes dos fieis ou dos líderes. Isso não cabe a mim e, apesar dos efeitos colaterais, existem pessoas que fazem o uso benéfico dessa droga lícita.

Quem sabe se o ‘Gabriel o Pensador’ fizesse um ‘rap progressivo’, antes do índio perguntar “...com tantas drogas por que só o seu cachimbo é proibido...” ele teria colocado muito mais coisas. Quem sabe até a idéia apresentada acima. No entanto ele se limitou a falar de álcool, cigarro e jogos de azar. Mas o contrário seria melhor ele escrever um livro de uma vez por todas.

Se você é um tipo de pessoa que ao pensar em drogas pensa nos males à saúde, lembre-se do tanto de coisas nocivas e viciantes que tem por aí como açúcar, café, e televisão. Sem contar os já citados, álcool, cigarro e jogos de azar. Se for contar os que podem até não viciar mas que são muito nocivos podemos citar toda a comida industrializada que consumimos e as frituras. E já que estamos falando de coisas que podem matar lembre-se dos acidentes automobilísticos.

Considerando como droga tudo que te traz prazer de alguma forma e em troca lhe prejudica em alguma coisa, tudo citado acima (e muito mais) se encaixa no termo. Mas ninguém proíbe os carros e as motos. Ninguém proíbe os conservantes. Ninguém proíbe a ‘cervejinha’. Ninguém me proíbe de tomar os meus sagrados 2L de coca-cola diários.

Não tenho embasamento suficiente para dizer se as drogas ilícitas deveriam ser legalizadas ou se as lícitas deveriam ser proibidas. Nem mesmo se há algum caminho ‘certo’ a seguir. Prefiro deixar isso para os especialistas no assunto, que no caso seriam cientistas, sociólogos, antropólogos e o pessoal da saúde e da segurança. Só quero dizer que tudo isso é estranho. Muito estranho. Talvez até hipócrita, mas eu prefiro usar a palavra ‘estranho’.

Num é estranho?

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